sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Escabeche de beringela com caxi e como é cozinhar com dois filhos pequenos

Você já assistiu aquela série do Jamie Oliver de refeições feitas em 30 minutos? Cozinhar com um mocinho de 2a11m e uma mocinha de 7m é mais ou menos naquele ritmo. Com a diferença qule o Jamie tem uma super equipe para limpar a cozinha e em casa você, provavelmente terá de se virar.

Para esta alimentação de subsistência, é importante ressaltar alguns pontos:
Primeiro é necessário baixar o nível de exigência.
Fazer o dobro de comida no almoço para comer requentada no jantar é muito prático e o trabalho é quase o mesmo.
Para congelar algumas porções, também.
Priorizar pratos rápidos é meio obrigatório.
Nem sempre vai dar para ter dois tipos de salada com três tonalidades de verde, mais laranjado, mais vermelho... Tem dias que a refeição será monocromática, terá menos nutrientes que você gostaria. Mas não tem problema isso acontecer de vez em quando. Colocar arroz cozido na mesa já é uma grande coisa!
Se você conseguir ingredientes frescos já picados, é ótimo! Os que encontro já estão muito velhos.
E organização. Sempre! Ir para a cozinha já sabendo o que e como fazer evita perder tempo rodando feito barata tonta.

Vou usar esta refeição de hoje para mostrar como sobrevivemos comendo prioritariamente em casa em meio a esse caos.

Ontem, antes de ir dormir, tirei a bandeja de peito de frango do congelador. Foi para a geladeira.

No dia seguinte, a Elis acabou acordando da soneca matutina antes do normal. Então era umas 10h30 quando, com ela no colo, deixei sobre a pia todos os ingredientes que ia usar. Academia pra que quando se pode fazer agachamento com 8 quilos em casa?!?

Estava tudo no jeito. Ela foi para um tapete cheio de brinquedinhos e comecei a picar as coisas para o escabeche, fatiar o peito de frango e o pepino para a salada. Tudo feito com faca afiada, portanto sem condições de deixa-la perto. Não tinha dormido o suficiente e ficou sem reclamar só alguns minutos. Fiz tudo mega master correndo, ouvindo os protestos dela. Sabia que poderia ser rápido, então conversava um pouco, tentava enrolar do jeito que dava, mas sem chegar muito perto porque ela acha que é para pegar no colo, daí judia mais ainda.

No tapete. Dura o tempo de um macarrão instantâneo

Tudo cortado, peguei ela no colo, dei água, expliquei o que aconteceu e pus o escabeche no forno. Faltava lavar o interior da arrozeira elétrica que ficou da janta. Ajeitei um canto da pia, coloquei ela sentada ali, brincando com umas formas de silicone, enquanto isso. Terminei e ela foi pro colo enquanto colocava os ingredientes do arroz na panela. Liguei o fogo baixo para dourar o alho que já estava amassado. Ainda come ela no colo, coloquei o feijão que tinha sido tirado há pouco do congelador, um pouco de água, sal e ficou descongelando/cozinhando mais um pouco. Deixei a frigideira no jeito para terminar o frango mais perto do almoço e fomos para a sala brincar um pouco enquanto o Pedro assistia desenhos. Tem dias que ele fica sobre uma cadeira “ajudando” a picar, colocar ingredientes, mas hoje não.

Mais perto do meio dia, Elis no colo enquanto grelhava os peitos de frango, temperava a salada e arrumava a mesa. Hoje o marido chegou quando já estávamos comendo.

Tem dias que, quando os protestos no chão começam, coloco ela no sling. Depende de como está, o que tem que fazer... Porque não é tudo que dá pra fazer com ela pendurada. Assim como no colo. Mas é desse jeito. Uma correria! Não dá para contar com o sono, porque só adormece plugada e no colo. Então o jeito é arrumar as coisas quando ela está de bom humor. Isso de colocar a Elis sentada sobre a pia costuma dar certo, quando não demora muito porque a paciência deles é de mosquito. Ela sempre vê o irmão perto, ajudando e é natural querer participar, também. Já fiz bolacha, pão e muitos almoços desse jeito. Mas é importante lembrar que nossa pia tem uma bancada grande e é larga. Além disso, ela está sempre sentada de costas para a parede, amparada pela panela elétrica e eu na frente. Um olho no gato e outro no peixe. Sempre!

Agora vamos ao escabeche. Este é um prato consideravelmente prático. O mais demoradinho é picar tudo, mas não precisa ficar suuuuuuuuper padronizado. A escolha do caxi foi porque acho o coitado meio sem personalidade quando preparado sozinho. Desse jeito, com a berinjela, ficou bacana. Lembra abobrinha. Aliás, só o comprei porque o feirante garantiu que estava bem novinho “a senhora faz que nem abobrinha”. Porque os mais velhos tem uma casca mais dura e dão trabalho para cortar.


Escabeche de caxi e berinjela

1 caxi médio picado em cubos de 0,5cmm, aproximadamente
1 berinjela grande picada em cubos de 0,5cmm, aproximadamente
1 cebola pequena em cubos
1 alho poro picado (usei só a parte branca)
3 pimentas doces verdes
5 pimentas biquinho frescas
Sal a gosto
1/3x azeite e mais para finalizar
1 punhado de uvas passas brancas
1 punhado de uvas passas escuras
Amêndoas torradas e salgadas a gosto
Sementes de abobora salgadas a gosto

Junte tudo, menos os dois últimos ingredientes numa tigela. Mexa bem para distribuir o tempero. Ia usar flores de manjericão, mas esqueci. Coloque numa forma. Cubra com papel alumínio com o lado brilhante para dentro. Leve ao forno pré aquecido a 180 graus por 30 minutos. Tire o alumínio e deixe mais 15 minutos. Retire do forno, salpique as amêndoas e sementes, um pouco mais de azeite e sirva. Pode ser como guarnição, antepasto ou dentro do sanduíche. Experimente com abobrinha, tomate, pimentões...

 Usei estas qualidades de pimenta. Pouquíssimo picantes e super saborosas

 Elis aprovou

A mesa ficou assim: salada de pepino, peito de frango grelhado, feijão canaval em milho, escabeche e arroz integral + negro

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